sexta-feira, 6 de maio de 2011

Meu Theo...


17 de junho de 1994, nascia uma das criaturinhas que foi mais importante na minha vida... foi filho, companheiro, confidente... foi tudo! Foi o cachorrinho da minha vida, nunca vai existir outro igual a ele. Era apegado a mim, como ninguém mais no mundo foi tanto... compartilhou 16 anos e meio de vida comigo, minhas alegrias e minhas tristezas... sempre do meu lado. Era tão pequeninho, tão brincalhão... cresceu, era tão caprichoso, amigo, parceiro... envelheceu, cuidei dele até seu fim... em 11 de dezembro de 2010, e até na hora de morrer me poupou de vê-lo morrer... morreu sozinho, dormindo, como uma vela que se apagou. Desculpa meu cãozinho, se nos teus últimos dias, muitas vezes perdi a paciência... não merecias... mas teu fim mexeu muito comigo... como quando perdi minha mãe, queria que tu tivestes paz, mas ao mesmo tempo senti culpa por sentir isso, o mesmo que senti por ela... sentia culpa e sinto agora de não ter dado mais atenção, de ter pensado mais em mim do que em ti... mas te cuide, até teu último dia... te enterrei perto de mim e enchi teu túmulo de flores, para saber que vais estar ali, pertinho de mim. Te amava tanto, não vou tirar nenhuma foto tua da casa, pois vais continuar existindo junto de mim sempre. E tu, só tu sabes o quanto sofri desde 2009. Tu, meu amado filhinho, acompanhastes a alegria do meu casamento, a tristeza de perder meu Pietro (me recebestes em silêncio o dia que vim do hospital e apenas colocastes tuas patinhas no meu peito e deitastes tua cabecinha ... como a me consolar), a casa nova, a alegria da Martha nascer e crescer, cuidastes dela, passeamos tanto juntos... acompanhastes meu casamento ir se desmanchando aos poucos e despencar desde 2009, muito chorei abraçada em ti... vistes o Marcio partir de casa... vistes mais que qualquer outro, pois me enxergavas a alma... te amei tanto meu cusquinho... vou ficar com tua roupinha xadrez para lembrar de ti... era a que mais gostava de te ver vestido. Te amarei toda vida, só que agora como um anjo que irá me acompanhar... nunca vai existir outro Theo.... nunca só tu, tão especial, desculpa não ter te cuidado melhor... desculpa se errei, mas sou humana e cheia de defeitos... humana e tão calejada... mas fostes feliz, não fostes? Te dei tudo, amor, carinho... só agora no fim falhei um pouco contigo... queria fugir muitas vezes, como fiz com a mãe... é duro ver quem a gente ama sofrer... me perdoa qualquer coisa meu filhinho, pois te amei toda vida... e nunca te esquecerei.

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